É uma doença caracterizada por episódios de vertigem precedentes por zumbidos e perda auditiva.
Esta doença pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente entre os 30 e 50 anos de idade. Calcula-se que a Doença de Ménière atinja mais mulheres que homens. Seu quadro clínico inicia com uma sensação de pressão no ouvido, com a posterior diminuição da audição e aparecimento do zumbido neste mesmo ouvido. Em seguida vem à vertigem com sensação de rotação, desequilíbrio, náuseas e vômitos. A crise tem duração aproximada de 20 minutos a 1 hora. O intervalo entre as crises não há sintomas, embora com o progredir da doença possa persistir os desequilíbrios, zumbidos e diminuição da audição.
Seu diagnóstico se dá por exclusão, se baseia na análise da história, avaliação neuro-otológica e resposta clínica ao tratamento. A Academia Americana de Otolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço formulou os seguintes critérios para se chegar ao diagnóstico da Doença de Ménière:
- Duas ou mais crises de vertigem rotatória com duração de no mínimo 20 minutos;
- Diminuição da audição em pelo menos uma audiometria;
- Zumbido ou pressão no ouvido;
- Exclusão das outras causas.
Existem algumas supostas causas que podem ser: inflamatórias (labirintite ou otite média), traumática, autoimune, relacionada a surdez congênita ou a otoesclerose. E o tratamento se concentra no alívio dos sintomas durante a crise e, na prevenção das crises (nos causos em que se define a causa). Outras opções de tratamento como injeção intratimpânica de antibióticos e cirurgia têm indicações limitadas.